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A soja brasileira se tornou uma potência mundial, graças à resiliência dos produtores, tecnologia avançada no campo, novas variedades resistentes e clima favorável. Esses fatores levaram a uma produção que aumentou 557% nos últimos 30 anos, tornando-se a commodity mais importante do país.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 1992/93, o país produziu 23,04 milhões de toneladas de soja. Já em 2022/23, a entidade projeta um recorde histórico absoluto de 151,4 milhões de toneladas. Além disso, o aumento de área cresceu 306%, indo de 10,7 milhões de hectares para os atuais 43,5 milhões de hectares.
A produtividade média também teve um aumento expressivo, de 2.150 kg/ha para 3.479 kg/ha estimados para esta temporada, ou seja, um incremento de 61,7%. A expansão da soja ocorreu em 21 unidades da federação, mais o Distrito Federal. Hoje, 2.468 municípios cultivam a oleaginosa, que faz parte do orçamento de 44,3% das prefeituras brasileiras, segundo dados da safra 2021/22 do IBGE.
O pesquisador da Embrapa Soja, Alvadi Balbinot Junior, ressalta que a soja brasileira apresentou uma taxa anual de crescimento de área de cerca de um milhão de hectares nos últimos 25 anos. A produção, por sua vez, cresceu cerca de quatro milhões de toneladas a cada safra, em média. Mesmo que a produtividade pareça estagnada em algumas áreas, a tendência geral é de aumento de rendimento, em torno de 40 kg por hectare a cada ano, considerando uma análise das últimas duas décadas.
Balbinot Junior destaca que grande parte do crescimento da soja no Brasil nos últimos anos tem sido em cima de pastagens com algum nível de degradação, tornando a integração lavoura-pecuária uma das grandes alternativas para o crescimento sustentável da cultura. Com todos esses fatores favoráveis, a soja brasileira continua a ganhar destaque no mercado internacional, consolidando-se como uma das principais commodities do país.
Foto; Ascom/Seagro