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Produção de pinhão no RS sofre queda significativa devido a condições climáticas

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Estiagens e chuvas excessivas impactam safra de pinhão, com expectativa de recuperação apenas em 2026.

A uma semana do término do período de defeso do pinhão no sul do Brasil, produtores do Rio Grande do Sul enfrentam uma safra desanimadora. A Emater prevê que a produção gaúcha de pinhão em 2024 será de aproximadamente 200 toneladas, o que representa uma redução de até 80% em relação à média anual de mil toneladas.

Os Pinheiros-brasileiros (Araucária angustifolia), espécie nativa do estado, já exibem pinhas, mas a produção foi severamente afetada pelas estiagens de 2021 e 2022, além do excesso de chuvas no ano passado. Essas adversidades climáticas influenciaram diretamente as sementes, que demandam cerca de três anos para se desenvolver. Segundo Ilvandro de Melo, extensionista rural da Emater e engenheiro agrônomo, espera-se que as pinhas contenham de 50 a 60 pinhões, bem abaixo dos 120 habituais.

Apesar da quebra acentuada, há sinais de recuperação lenta em algumas áreas. Em São Francisco de Paula, maior produtor gaúcho de pinhão, o escritório da Emater relata uma perspectiva mais positiva em comparação ao ano anterior.

Enquanto isso, o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) mantém operações de fiscalização para garantir o respeito ao período de defeso, que se estende até 1º de abril. O capitão Jeberton Dalmora, do 3º BABM em Passo Fundo, enfatiza a importância desse período para a preservação das araucárias, atualmente ameaçadas de extinção. A infração por colheita ou venda de pinhas e pinhões antes do término do defeso pode resultar em multas de até R$ 1 mil.

Fonte; Foto: Divulgação

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