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Parceria com SportRadar prevê vídeos e provas para atletas sobre riscos de envolvimento em apostas.
As federações de futebol do sul do Brasil, em parceria com a empresa SportRadar, anunciaram a criação de uma plataforma educacional destinada a combater a manipulação de resultados no futebol. O lançamento ocorreu na sede da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) nesta terça-feira, 12.
O diretor de integridade da SportRadar no Brasil, Felippe Marchetti, destacou a importância da iniciativa, revelando que o volume financeiro global em apostas esportivas supera o orçamento do governo brasileiro, com partidas dos campeonatos do Rio Grande do Sul movimentando cerca de R$ 14 milhões em mais de 600 sites de apostas.
A plataforma oferecerá aos jogadores um manual e vídeo educativos sobre as consequências legais da manipulação de resultados e alternativas para manter a integridade no esporte. Os atletas terão acesso individualizado através de um login para assistir às aulas e realizar uma avaliação subsequente.
As federações gaúcha, catarinense e paranaense terão controle sobre o acesso e uso da plataforma, podendo monitorar a participação dos atletas no programa educativo. Existe a possibilidade de tornar a participação na plataforma um requisito obrigatório para inscrição nos campeonatos futuros.
Além disso, a SportRadar planeja realizar palestras e workshops com árbitros e auditores do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para fortalecer a integridade no futebol.
Em 2023, a SportRadar identificou 109 partidas com indícios de manipulação no futebol brasileiro. A empresa já promoveu programas educacionais em 81 países, alcançando cerca de 49 mil atletas.
Dados financeiros divulgados indicam que R$ 7,35 trilhões são movimentados em apostas esportivas mundialmente, com R$ 2,5 bilhões correspondentes aos jogos dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e um movimento de R$ 11,1 milhões por partida nesses estados.
A realidade salarial dos atletas brasileiros também foi abordada, com 84% recebendo até um salário mínimo, 43% com contratos de até seis meses e apenas 17% atuando durante toda a temporada.
Fonte; Foto: Rafael Diverio / Agência RBS / Divulgação