Plataforma permite classificar estado de saúde do paciente e indicar tratamento adequado.

Duas novas iniciativas foram anunciadas pela Secretaria da Saúde (SES) do Estado do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (11/3), visando intensificar o atendimento a pacientes com suspeita de dengue na Atenção Primária. Um painel online foi disponibilizado para auxiliar as equipes de saúde, e enfermeiros agora estão autorizados a solicitar exames, como hemogramas, para casos suspeitos da doença.

A plataforma online para manejo clínico de casos de dengue permite a classificação de risco dos pacientes em quatro grupos (A, B, C e D), baseando-se em sintomas específicos. A ferramenta sugere tratamentos adequados para prevenir o agravamento da doença e reduzir o risco de óbito.

Desenvolvida em colaboração com o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), a plataforma é inspirada no Painel Dengue RJ, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, destacou a importância da ferramenta para uma identificação mais rápida dos casos de dengue.

Além disso, uma nota técnica conjunta assinada por Arita e o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Antonio Ricardo Tolla, autoriza enfermeiros a requisitarem exames necessários para o diagnóstico da dengue. A medida visa padronizar o atendimento em todo o estado, garantindo a mesma qualidade de serviço em diferentes localidades.

Até o momento, o Rio Grande do Sul registrou 17 óbitos por dengue no ano, com 16.574 casos confirmados e 10.138 em investigação, segundo o Painel da Dengue no RS. A SES enfatiza a importância do atendimento médico imediato ao surgimento dos primeiros sintomas para evitar complicações graves.

Principais sintomas da dengue:

Febre alta (39°C a 40°C), durando de dois a sete dias

Dor no corpo e nas articulações

Dor retro-orbital (atrás dos olhos)

Dor de cabeça

Mal-estar geral

Náusea, vômito e diarreia

Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

A SES também reitera a importância das medidas de prevenção, como a eliminação de água parada para impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, e o uso de repelente para proteção individual.

Fonte; Foto; Itamar Aguiar/Ascom SES