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Copom corta juros básicos para 11,75% ao ano, menor patamar desde maio de 2022

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É a quarta redução seguida após longo ciclo de alta da taxa Selic.

O Banco Central (BC), em resposta à dinâmica inflacionária e de acordo com as expectativas do mercado financeiro, cortou a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 11,75% ao ano. A decisão foi tomada de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e marca o quarto corte consecutivo. O Copom adiantou que planeja continuar com reduções de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, porém, sem especificar quando encerrará o ciclo.

A Selic agora atinge o menor nível desde maio do ano anterior, quando também estava em 11,75% ao ano. O Copom havia elevado a taxa por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, em resposta à pressão inflacionária gerada por diversos fatores. Desde agosto do último ano até agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete reuniões seguidas.

O Banco Central ressalta que o ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da inflação, particularmente no primeiro semestre de 2024. A redução da Selic, principal instrumento do BC, é uma estratégia para controlar a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em novembro, o IPCA registrou 0,28%, totalizando 4,68% nos últimos 12 meses. O Conselho Monetário Nacional estabeleceu a meta de inflação para 2023 em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. As projeções do mercado estão otimistas, indicando uma expectativa de fechamento do ano em 4,51%, abaixo do teto da meta.

A redução da taxa Selic, além de impactar a inflação, também tem reflexos na economia, tornando o crédito mais acessível e incentivando a produção e o consumo. O Banco Central, no último Relatório de Inflação, aumentou a projeção de crescimento econômico para 2,9% em 2023, impulsionado por taxas de juros mais baixas. Analistas econômicos corroboram essa expectativa, prevendo uma expansão de 2,92% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. A decisão do Copom reflete não apenas nas negociações de títulos públicos, mas também nas taxas de juros da economia, influenciando o cenário financeiro nacional.

Fonte; BC

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