O Banco Central (BC) está testando o Real Digital (RD), a versão tokenizada da moeda brasileira, chamada Drex. Um dos participantes desse teste é um consórcio formado por cinco cooperativas financeiras: Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred. Na última sexta-feira, dia 4 de agosto, essas cooperativas emitiram os primeiros tokens do Real Digital, simulando a conversão de saldo da reserva bancária para a carteira digital.

Testes avançam com sucesso
Segundo uma nota divulgada pelo consórcio, os testes estão avançando muito bem. “Já temos uma rede com determinados participantes, alguns contratos inteligentes já foram desenvolvidos e disponibilizados pelo Banco Central nesta rede. Conseguimos, agora, realizar com sucesso essa transação de emissão do Real Digital”, diz a nota.

O consórcio afirma que está mobilizado para contribuir com o piloto do Real Digital, ajudando a construir o futuro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). As cooperativas financeiras têm experiência na tecnologia blockchain, que é usada para criar e gerenciar os tokens digitais. Essa experiência foi um dos critérios para que o BC selecionasse o consórcio para participar do piloto.

“Estamos muito satisfeitos, porque as cooperativas financeiras estão se destacando a cada nova etapa e tendo resultados positivos. Ainda não temos a confirmação se alguma outra instituição participante já conseguiu este mesmo feito”, afirma a nota. Os próximos cenários de testes envolvem a emissão de Real tokenizado e a transferência de ativos entre diferentes carteiras, além das operações envolvendo Títulos Públicos tokenizados.

“O cooperativismo financeiro se destaca há bastante tempo e sempre figura entre os segmentos mais inovadores do Sistema Financeiro Nacional. Foi assim com o Pix e continua sendo no Open Finance e no desenvolvimento do Real Digital”.

Seleção e desenvolvimento
O grupo de cooperativas foi aprovado pelo BC para participar do piloto do Real Digital em maio deste ano, quando foram anunciados os 16 participantes selecionados entre mais de 100 instituições que apresentaram proposta. Em julho, as cooperativas desenvolveram o “nó” na rede da nova moeda digital, que permite a conexão e a comunicação entre os participantes.

Fonte; Banco Central