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Aumento de casos e óbitos por dengue leva cidades gaúchas a estado de alerta.
O Rio Grande do Sul alcançou a marca de 40 mortes causadas pela dengue em 2024, conforme dados divulgados hoje pela Secretaria Estadual da Saúde. As últimas vítimas confirmadas são três idosos com doenças pré-existentes: um homem de 68 anos de Cruz Alta e duas mulheres, de 74 e 78 anos, de Frederico Westphalen e Novo Hamburgo, respectivamente.
No comparativo anual, o estado já superou o número de óbitos do ano passado, que foi de 54. Em 2023, as primeiras mortes foram notificadas em março e abril, enquanto em 2022, ano recorde com 66 vítimas, a primeira morte ocorreu apenas em maio.
Atualmente, o estado contabiliza mais de 31,2 mil casos confirmados de dengue, dos quais 26,5 mil são de transmissão local, indicando infecção dentro das próprias cidades dos pacientes. Diante desse cenário, o governo estadual decretou situação de emergência sanitária em 12 de março. Diversas cidades seguiram o exemplo, declarando emergência sanitária, incluindo Canoas, Cachoeirinha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Três Passos, Tenente Portela, Espumoso, Redentora, Independência, Crissiumal e Uruguaiana.
Em âmbito nacional, o Brasil registrou mais de 2 milhões de casos prováveis de dengue nas primeiras 11 semanas de 2024. O Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde reportou 758 mortes confirmadas e mais de mil casos sob investigação.
Especialistas apontam falhas no controle do vetor Aedes aegypti como causa do aumento dos casos. O Ministério da Saúde enfatiza a importância da eliminação de criadouros do mosquito, frequentemente localizados dentro das residências. Fatores como o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são considerados agravantes na disseminação da doença.
Fonte; Foto: Divulgação / Josué Damacena / Instituto Oswaldo Cruz