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Agência reguladora prevê reajustes diferenciados por região e aponta encargos setoriais como principal fator de elevação dos custos.
A tarifa de energia elétrica deve ter um aumento médio de 6,9% em 2023, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão responsável por regular e fiscalizar o setor elétrico no Brasil. O dado foi apresentado pelo diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, na terça-feira (30).
Reajustes por região
Feitosa explicou que os reajustes tarifários são feitos anualmente pela Aneel, no aniversário da concessão das distribuidoras, e que eles variam para cada região do país, de acordo com os custos de distribuição, transmissão, geração e encargos setoriais.
A região Norte deve ter o maior aumento médio, de 17,6%, seguida pelo Nordeste, com 7,9%. No Centro-Oeste, a projeção é de reajuste médio de 6,5%, enquanto no Sudeste e no Sul, os aumentos médios devem ser de 5,7% e 4,5%, respectivamente.
Encargos setoriais
O diretor-geral da Aneel destacou que os encargos setoriais são a parcela que mais tem subido na composição da tarifa de energia elétrica. Esses encargos são definidos por políticas públicas do Congresso Nacional e do Ministério de Minas e Energia, e incluem subsídios para diversos segmentos do setor elétrico.
“O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara”, afirmou Feitosa. Ele disse que a Aneel contribui para dar informação e transparência aos tomadores de decisão sobre os impactos dos encargos na tarifa.
Custo da energia no Brasil
Em novembro do ano passado, a Aneel apresentou ao grupo de Minas e Energia do governo de transição a estimativa que a tarifa de energia elétrica deveria subir, em média, 5,6% em 2023.
Ainda em 2022, um estudo divulgou que o custo de energia elétrica no Brasil aumentou 47% nos últimos cinco anos. O levantamento usou como base os dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) sobre o custo da energia no país.
De acordo com o estudo, o aumento significativo fez com que o país assumisse o segundo lugar no ranking mundial do custo de energia elétrica mais cara, ficando atrás apenas da Colômbia.
Do total do custo pago pelos consumidores, somente 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição de energia. Do lado negativo, 46,5% são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.
Fonte; Anel