Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Tecnologia inédita, criada em Porto Alegre, promete reduzir recorrência do câncer de próstata e pode ser adaptada para outros tumores no futuro.
Pesquisadores brasileiros alcançaram um marco inédito no combate ao câncer: a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, para realizar estudos clínicos de uma vacina terapêutica contra o câncer de próstata. Desenvolvida ao longo de 25 anos de pesquisa pela equipe do médico Fernando Kreutz, em Porto Alegre, esta é a primeira vez que uma tecnologia do tipo chega a essa etapa.
A vacina utiliza tecnologia de imunoterapia personalizada, empregando células tumorais do próprio paciente para reduzir as chances de recorrência da doença. Estudos pré-clínicos realizados no Brasil apontaram que a taxa de recorrência do câncer de próstata caiu de 36,8% para 11,8% com o uso da vacina.
“Descobrimos uma forma inédita de modificar essa célula, e é isso que torna a vacina tão interessante”, explicou Fernando Kreutz.
Os ensaios clínicos nos Estados Unidos têm como objetivo confirmar a eficácia em larga escala e abrir caminho para a comercialização global. Os resultados devem ser conhecidos em até 18 meses.
Impacto no combate ao câncer
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 71 mil novos casos de câncer de próstata em 2024. A detecção precoce oferece alta chance de cura, mas a doença retorna em aproximadamente 30% dos casos mesmo após o tratamento inicial.
Além do câncer de próstata, a tecnologia poderá futuramente ser aplicada a outros tipos de tumores, como os de mama, pulmão, estômago e intestino.
“Será um avanço significativo, não apenas para o Rio Grande do Sul ou Brasil, mas globalmente”, destacou Kreutz.
Apoio à inovação
O projeto recebeu financiamento do Ministério de Ciência e Tecnologia por meio de um fundo de incentivo à inovação, além de apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de investimentos privados.
Fonte; Grupo Sideral de Radios