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Foco nos depósitos e laboratórios clandestinos está por trás de elevação que resultou em prejuízo de R$ 25 milhões às facções criminosas.
Em apenas cem dias, o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) do Rio Grande do Sul apreendeu quase 90% do total de ecstasy retirado de traficantes em todo ano passado. Além das drogas sintéticas, outros entorpecentes, como cocaína, crack e maconha, tiveram elevação no montante localizado pelos agentes em comparação com o mesmo período de 2022. A estratégia, focada em descobrir e desmantelar laboratórios clandestinos e depósitos usados para armazenar os narcóticos, está por trás desse salto nas apreensões. O total representa prejuízo estimado em cerca de R$ 25 milhões às facções criminosas.
No início de março, após dois meses de investigação, os policiais descobriram um laboratório de ecstasy na zona norte de Porto Alegre na ação que resultou na maior apreensão da droga já realizada pela Polícia Civil no Estado. Dentro do laboratório, havia 17,2 mil comprimidos de ecstasy, além de 3,3 mil cápsulas para colocação de MDMA (composto utilizado na produção da droga) e outros componentes. A matéria-prima do ecstasy, o MDMA, muitas vezes chega do Rio Grande do Sul vinda de Santa Catarina. As apreensões dessa droga, de maneira geral, ocorreram durante telentregas e festas, ou em residências e depósitos, inclusive em laboratórios, como nesse caso. Nesses pontos clandestinos, são utilizados prensas, maquinários e insumos para a produção dos comprimidos.
— O ecstasy é uma droga silenciosa. Muitas vezes, os pais estão em casa, acham que os filhos estão na festa se divertindo, e estão usando essas substâncias que sequer se sabe a procedência. Infelizmente, vivemos numa sociedade viciada — alerta o diretor do Denarc, delegado Carlos Wendt.
Fonte; CLIC RBS